Thursday, March 4, 2010

ligeiramente embriagada (pelas ideias)

Pra mim, vinho é tudo igual. Não importa a cor, a safra, o preço... todos tem o mesmo cheiro e me causam uma falsa espontaneidade que se dissipa no dia seguinte dando lugar a náuseas e vômitos. Nunca bebi pelo prazer de beber mas pelo efeito do alcool no meu comportamento tolhido pelo bom senso. E o bom senso me diz que eu não devo beber... aliás, nunca o fiz em demasia, visto que duas taças já alteram meu humor ao ponto de sair correndo à beira mar cumprimentado qualquer transeunte. [...]

O álcool é só um disfarce, uma desculpa mesquinha para os rompantes de uma alma frustrada. Pelo menos a mim, o álcool não causa sequer a alienação dos meus atos, só os torna praticáveis e livres de culpa. Ousaria dizer que o álcool é a máscara da covardia. Um aliado das mentes fantasiosas cujos desejos almejam vir à tona. Mas nem por isso seus efeitos podem ser menosprezados, que o digam aqueles que já passaram por algum vexame inesquecível ao vomitar no vestido da noiva desavidada, ou revelaram segredos até então guardados a sete chaves ou pior ainda, foram o pivô de algum acidente irremediável.

A bebida desnuda a alma das pessoas, faz com que as mesmas se sintam seguras de si, corajosas, ousadas... mas não se engane!! acima de tudo, o álcool nos faz parecer "ridículos" e vulneráveis.

No comments: